Alumínio em Alta: Indústria Brasileira Registra Recordes e Ganha Espaço na Nova Economia
- Marketing DOUTOR FUNDIÇÃO
- 21 de jul.
- 3 min de leitura
A indústria brasileira do alumínio viveu um ano histórico em 2024. O setor bateu recordes de produção, consumo, investimentos e sustentabilidade, como mostra a nova edição do Anuário Estatístico do Alumínio, publicado pela ABAL (Associação Brasileira do Alumínio).
Se você trabalha com fundição de ligas de alumínio, transformação ou fornece insumos para o setor, este é o momento de entender para onde o mercado está indo — e o que isso significa para sua operação.
Os principais números de 2024
R$ 159,3 bilhões em faturamento (+21%)
R$ 6,4 bilhões em investimentos (+16%)
R$ 53,8 bilhões em tributos recolhidos
1,9 milhão de toneladas em consumo doméstico (+13,5%)
8,8 kg de alumínio por habitante (+1 kg em relação ao ano anterior)
Esses dados colocam o Brasil entre os 10 maiores produtores mundiais de alumínio primário, com 1,1 milhão de toneladas fundidas ao longo do ano — um crescimento de 8,8% sobre 2023.
Fundição e reciclagem lado a lado
Um dado importante para quem atua na fundição: 57% de todo o alumínio consumido no país veio da reciclagem de sucata. Ou seja, mais da metade da demanda está sendo suprida por metal secundário, o que reforça o papel estratégico das fundições nesse ciclo produtivo mais limpo e eficiente.
Além disso, a reciclagem no Brasil consome apenas 5% da energia elétrica que seria necessária para produzir o alumínio primário, tornando o processo ainda mais sustentável e competitivo.
Crescimento em todos os setores
A demanda por produtos de alumínio aumentou em praticamente todos os segmentos da economia:
Construção civil: +21,7%
Setor elétrico: +18,9%
Máquinas e equipamentos: +15,1%
Transportes: +11,1%
Embalagens: +8,1%
Bens de consumo: +9,3%
Para as fundições, isso representa maior demanda por peças técnicas, perfis, componentes fundidos sob pressão ou gravidade, especialmente para os setores da construção, energia e mobilidade.
Sustentabilidade como diferencial
O alumínio brasileiro também se destaca globalmente por ter uma das menores pegadas de carbono do mundo: segundo a ABAL, a intensidade de CO₂ do alumínio produzido aqui é 3,3 vezes menor que a média global.
Esse é um ponto cada vez mais valorizado por compradores internacionais, principalmente em países com legislação ambiental mais rígida — e uma excelente oportunidade para fundições que desejam atender mercados externos.
Olhando para frente: o que esperar de 2025?
O primeiro trimestre de 2025 já trouxe bons sinais:
Consumo doméstico de alumínio cresceu 8,5%
Importações subiram 24,4%, e as exportações caíram 14,4%
Por outro lado, o setor acende o alerta para riscos externos, como as novas barreiras tarifárias dos EUA e incertezas globais que podem afetar a competitividade da indústria nacional.
A ABAL reforça a importância de políticas públicas claras, previsíveis e que incentivem o investimento, especialmente em áreas como energia, logística e descarbonização.
Seja no fornecimento de peças fundidas, na reciclagem ou na transformação, o alumínio brasileiro entrou em um novo patamar. Para as fundições, isso representa mais oportunidades, mais desafios técnicos e um mercado cada vez mais exigente por qualidade e sustentabilidade.
Ficar atento aos movimentos da cadeia produtiva pode ser o diferencial competitivo para sua fundição crescer junto com o setor.
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