Nova Tarifa dos EUA: o que muda para os metais e fundidos brasileiros
- Marketing DOUTOR FUNDIÇÃO
- 8 de ago.
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O mercado internacional de metais e fundidos vive um momento de tensão. Desde abril de 2025, os Estados Unidos passaram a aplicar tarifas adicionais sobre produtos brasileiros, e o impacto para a indústria é significativo — especialmente para setores como aço, alumínio e peças fundidas.
Tudo começou em 2 de abril de 2025, quando o governo norte-americano impôs uma taxa de 10% sobre determinados produtos brasileiros. A medida entrou em vigor poucos dias depois, em 5 de abril, sob o argumento de “reciprocidade” comercial. Mas a pressão aumentou rapidamente. Em 30 de julho de 2025, uma nova ordem executiva determinou um acréscimo de 40% sobre esses mesmos itens, elevando a tarifa total para impressionantes 50%. Essa mudança entrou em vigor em 6 de agosto.
O aço e o alumínio foram diretamente atingidos já em 4 de junho, via aplicação da Seção 232 da Lei de Expansão Comercial dos EUA — a mesma base legal usada no passado para justificar tarifas por razões de “segurança nacional”. O resultado é que exportar metais brasileiros para o mercado norte-americano ficou muito mais caro e, portanto, menos competitivo.
Nem todos os produtos foram afetados. Alguns, como suco de laranja e minério de ferro, ficaram de fora dessa sobretaxa de 50%. Porém, itens como café, carne e, principalmente, produtos metalúrgicos, entraram na lista e agora enfrentam barreiras expressivas.
O impacto é relevante: as tarifas atingem cerca de 35,9% das exportações brasileiras para os EUA, o que equivale a aproximadamente 4% de todo o comércio exterior do Brasil. O governo brasileiro reagiu, levando o caso à Organização Mundial do Comércio (OMC) e alegando violação do princípio da nação mais favorecida — que impede tratamento discriminatório entre países membros.
Para tentar minimizar os prejuízos, o Brasil estuda liberar cerca de R$ 30 bilhões do Fundo de Garantia à Exportação (FGE), com o objetivo de financiar empresas afetadas. A ideia é oferecer crédito facilitado, com exigência de manutenção dos empregos, ajudando a indústria a atravessar esse período de turbulência.
No campo diplomático, as tensões aumentaram. O episódio se soma a uma série de atritos recentes entre Brasília e Washington, levando o Brasil a estreitar diálogos com países como Índia e China, e reforçando a articulação dentro do BRICS como alternativa estratégica.
O que isso significa para o setor de fundição
Para as fundições brasileiras, a tarifa de 50% significa que vender para os EUA se tornou muito mais difícil — e caro. Empresas que dependiam desse mercado terão que repensar sua estratégia de exportação. Uma possibilidade é buscar novos destinos para os produtos, fortalecer a presença em mercados regionais ou adaptar linhas de produção para atender a parceiros comerciais menos afetados por tarifas.
Mais do que nunca, será preciso agir rápido: negociar prazos, revisar contratos e ajustar custos para garantir competitividade. O momento exige tanto atenção à conjuntura internacional quanto inovação nos processos produtivos.
Fontes:
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