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Novas Oportunidades para o Setor de Fundição com as Investidas da BYD e GWM no Brasil

BYD Brasil: campanha para atrair fornecedores locais (Camaçari, BA)


A BYD Brasil lançou a campanha “BYD QUER CONHECER VOCÊ”, com o objetivo de selecionar fornecedores locais para compor sua cadeia de suprimentos na fábrica de Camaçari, na Bahia. A meta é alcançar mais de 50% de nacionalização de peças e componentes até 2027.


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O anúncio ocorreu em webinar com cerca de 300 empresas associadas à Abipeças e ao Sindipeças, além de executivos da marca. A BYD reforçou o compromisso com a produção nacional de veículos elétricos e a formação de uma cadeia de fornecedores local. Apesar disso, especialistas destacam que a produção inicial em Camaçari ainda depende fortemente de kits importados (CKD/SKD), com nacionalização gradativa a partir de 2026.

Com previsão de até 106 fornecedores brasileiros homologados, a BYD projeta aumentar a capacidade produtiva de 150 mil para até 300 mil veículos ao ano, estimulando a indústria automotiva nacional e tornando veículos elétricos mais acessíveis.



GWM: inauguração da fábrica em Iracemápolis e anúncio do Centro de P&D


A Great Wall Motors (GWM) inaugurou em agosto de 2025 sua fábrica em Iracemápolis (SP), a primeira da empresa nas Américas. A planta já iniciou a produção dos modelos Haval H6 (em diferentes versões), da picape Poer P30 e do SUV Haval H9.

Com capacidade inicial de 50 mil veículos por ano e cerca de 600 funcionários, a fábrica deve empregar até 2 mil trabalhadores em sua fase plena, também voltada à exportação para toda a América Latina.


Outro destaque é a construção do primeiro Centro de Pesquisa & Desenvolvimento (P&D) da GWM na região, com 15 mil m² de área, voltado à adaptação e desenvolvimento de veículos híbridos e elétricos para o mercado brasileiro. O investimento total anunciado é de R$ 10 bilhões até 2032, em linha com o programa federal MOVER.


Oportunidades e impactos para o setor de fundição


Crescimento da demanda por componentes locais A nacionalização da produção abre espaço para a fundição automotiva, fornecendo peças como suportes, carcaças, blocos e estruturas metálicas. GWM já trabalha com fornecedores globais como Bosch, Continental e BASF, e empresas brasileiras podem se posicionar como parceiras estratégicas.


Transferência de tecnologia e qualificação O Centro de P&D da GWM e os planos da BYD para qualificação profissional fortalecem a base local de inovação. Isso pode beneficiar fundições que invistam em processos de fundição modernos e materiais de alta performance.


Reindustrialização e integração com a cadeia automotiva A operação dessas montadoras cria milhares de empregos diretos e indiretos. Estima-se que a BYD, sozinha, possa gerar até 20 mil postos de trabalho ligados à sua cadeia de produção. Esse movimento representa uma reindustrialização do setor automotivo brasileiro, com reflexos positivos para fornecedores de fundidos.


Fatores de atenção

  • A nacionalização da BYD será gradual, exigindo planejamento de médio prazo para os fornecedores.

  • A GWM exige alta qualidade e conformidade técnica global, o que pode ser um diferencial para fundições brasileiras que já possuem certificações e experiência em atender montadoras.


A chegada de BYD e GWM ao Brasil representa uma oportunidade histórica para a indústria nacional de fundição e para toda a cadeia automotiva. Com investimentos bilionários, foco em nacionalização e centros de P&D, o cenário abre espaço para empresas que busquem homologação, invistam em qualidade e se alinhem às tendências de mobilidade elétrica e sustentável.

O setor de fundição tem, portanto, um papel estratégico na nova fase da indústria automotiva brasileira.



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